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Caifás

Por History Channel Brasil em 18 de Março de 2015 às 15:41 HS
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Citado na Bíblia nos livros Mateus, Lucas, Marcos, João e Atos; José Caifás, ou apenas Caifás como é conhecido, foi Sumo Sacerdote e presidente do Sinédrio – o supremo tribunal dos judeus.

A fonte literária mais confiável sobre sua vida, é a obra Antiguidades dos Judeus, composta pelo historiador do século I, Flávio Josefo. De acordo com o historiador, Caifás foi nomeado por volta do ano 18 Sumo Sacerdote dos judeus pelo procurador romano Valério Grato, predecessor de Pôncio Pilatos, e deposto por Vitélio em torno do ano 36, governando assim, mais tempo do que qualquer outro sumo sacerdote nos tempos do Novo Testamento.
Sua importância histórica reside no fato de ser um dos arquitetos do julgamento que levou a crucificação de Jesus.

Na Bíblia, o fato acontece a partir do capitulo 18 do livro João, quando Jesus foi preso pela guarda do Templo de Jerusalém, e foi levado diante de Caifás, que o interrogou e lhe acusou de blasfêmia, porém, como o Sinédrio de que Caifás era presidente não tinha autoridade para executar pessoas, Caifás levou Cristo para o governador romano Pôncio Pilatos, que teria o poder de realizar tal sentença.

Caifás, sabia que para os líderes judeus do período, existiam preocupações sérias sobre o domínio dos romanos, e que esta mesma liderança judaica via com temor qualquer reformista ou líder religioso que pudesse vir a negar-lhes sua própria legitimidade de governar. Os romanos, por sua vez, não aplicavam penas de morte a violações da lei judaica e, portanto, a acusação de blasfêmia não faria qualquer diferença para Pilatos. Caifás então tentou convencer Pilatos que Jesus era uma ameaça para a estabilidade romana, culpado não só de blasfêmia, pois este se proclamava como o messias e teria que morrer para evitar uma rebelião.

Segundo o capitulo 4 do livro Atos, depois da morte de Jesus, Caifás continuou ativo, perseguindo os seus seguidores. 

Em 1990, nos arredores da atual Jerusalém, foram descobertos doze ossuários numa sepultura familiar de um certo "Caifás". Um dos ossuários estava inscrito com o nome completo, em aramaico: "José, filho de Caifás", enquanto um segundo tinha apenas o sobrenome "Caifás". Após serem examinados, os ossos foram enterrados novamente no Monte das Oliveiras. 
Astuto, manipulador e sagaz são qualidades que poderiam ser aplicadas a seu nome. Sua personalidade, serviu de inspiração para diversos escritores, como por exemplo Dante, que coloca Caifás no 6º reino do oitavo círculo do Inferno, onde os hipócritas são punidos em vida após a morte: sua punição deve ser eternamente crucificado em todo o caminho dos hipócritas, que eternamente pisarão em cima dele. Caifás é também mencionado em todas as obras de William Blake como um sinônimo de traidor ou fariseu.