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Bateria usada por Edison há 120 anos pode revolucionar o mundo

Dispositivo abandonado há mais de um século pode voltar a ser utilizado
Por History Channel Brasil em 08 de Abril de 2021 às 18:39 HS
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No início do século XX, o inventor Thomas Edison criou um automóvel elétrico capaz de se deslocar com o dobro da velocidade dos veículos comuns. Um de seus segredos era a utilização de uma ferramenta revolucionária: a bateria de níquel-ferro. Patenteado pelo sueco Ernst Waldemar Jungner e aperfeiçoado por Edison, o dispositivo era muito resistente e poderia ser carregado duas vezes mais rápido que seus equivalentes de chumbo e ácido.

Resgatando a bateria de Edison

No entanto, as baterias utilizadas por Edison há 120 anos tinham alguns problemas: eram grandes, caras e, quando carregadas, liberavam hidrogênio, o que poderia oferecer perigo. Em pouco tempo, a ideia de fabricar veículos elétricos em massa foi deixada de lado. Ao invés disso, a prioridade foi para automóveis com motores movidos a combustíveis fósseis.

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Incrivelmente, um século mais tarde, engenheiros se deram conta que a bateria de níquel-ferro, na realidade, ainda possuía um grande potencial. Em 2010, especialistas da Universidade Tecnológica de Delft, na Holanda, descobriram que um de seus subprodutos mais indesejáveis, o hidrogênio, poderia ser a chave para reabilitar o dispositivo . Enquanto a bateria recarrega, uma reação química libera hidrogênio e oxigênio, assemelhando-se à utilizada para liberar hidrogênio da água, conhecida como eletrólise.

Esse tipo de reação, que consegue dividir a água é uma maneira pela qual é possível produzir hidrogênio para uso como combustível. Segundo os especialistas, esse tipo de combustível é considerado totalmente limpo, desde que a energia usada para impulsionar a reação seja de fonte renovável.

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Agora os pesquisadores estudam formas de usar em larga escala as baterias de níquel-ferro (conhecidas como battolyser). A ideia é que elas ajudem a acelerar a transição para as energias renováveis. Entre suas aplicações, estaria o fornecimento de energia para minirredes usadas por comunidades remotas que não fazem parte das principais redes elétricas.

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Fonte: BBC 

Imagens: Biblioteca do Congresso dos EUA e Domínio Público