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Cientistas criam robôs que se transformam em líquido e poderiam fugir de uma prisão

Humanoide em miniatura parece ter saído da franquia de filmes do Exterminador do Futuro
Por History Channel Brasil em 27 de Janeiro de 2023 às 14:42 HS
Cientistas criam robôs que se transformam em líquido e poderiam fugir de uma prisão-0

Uma equipe internacional de cientistas criou robôs que parecem ter saído da franquia de filmes do Exterminador do Futuro. Os novos humanoides em miniatura são capazes de se transformar em líquido e voltar ao formato sólido em seguida. Um vídeo mostra um deles usando essa propriedade para escapar de uma "prisão" (confira abaixo). 

Robôs "macios"

Enquanto os robôs tradicionais são robustos e rígidos, os robôs “macios” têm o problema oposto: são flexíveis, mas fracos, e seus movimentos são difíceis de controlar. “Dar aos robôs a capacidade de alternar entre os estados líquido e sólido confere a eles mais funcionalidade”, disse Chengfeng Pan, engenheiro da Universidade Chinesa de Hong Kong que liderou a pesquisa. O estudo foi publicado no periódico científico Matter.

A equipe criou o novo material "mutante" (apelidado de "máquina de transição de fase sólido-líquido magnetoativa") ao incorporar partículas magnéticas em gálio, um metal com ponto de fusão muito baixo (29,8 °C). “As partículas magnéticas têm duas funções”, disse o autor sênior e engenheiro mecânico Carmel Majidi, da Carnegie Mellon University. “Uma é que elas tornam o material responsivo a um campo magnético alternado, para que você possa, por indução, aquecer o material e causar a mudança de fase. Mas as partículas magnéticas também dão mobilidade aos robôs e a capacidade de se mover em resposta ao campo magnético”, explicou.

Antes de explorar possíveis aplicações dos robôs, a equipe testou a mobilidade e resistência do material em diversos contextos. “O trabalho futuro deve explorar ainda mais como esses robôs podem ser usados dentro de um contexto biomédico”, disse Majidi. “O que estamos mostrando são apenas demonstrações pontuais, provas de conceito, mas muito mais estudos serão necessários para investigar como eles poderiam realmente ser usados para a administração de medicamentos ou para remover objetos estranhos (do corpo de um paciente)”, completou.

Fontes
Cell Press, via EurekAlert
Imagens
iStock