Inicio

Cientistas descobrem "bola metálica" escondida dentro do núcleo interno da Terra

Descoberta foi feita ao analisar as diferentes velocidades das ondas sísmicas causadas por terremotos 
Por History Channel Brasil em 23 de Fevereiro de 2023 às 11:41 HS
Cientistas descobrem "bola metálica" escondida dentro do núcleo interno da Terra-0

O estudo do interior da Terra continua resultando em descobertas surpreendentes. Recentemente, cientistas anunciaram a descoberta de uma "nova" camada escondida sob a crosta terrestre. Agora, um novo estudo encontrou evidências da existência de outro núcleo situado dentro do núcleo interno do nosso planeta.

Bola metálica

Os pesquisadores fizeram a descoberta ao estudar as diferentes velocidades com que as ondas sísmicas causadas por terremotos penetram e passam pelo núcleo interno da Terra. Durante suas observações, os cientistas acreditam ter documentado evidências de uma camada distinta dentro da Terra conhecida como núcleo interno mais interno. Essa camada seria uma "bola metálica" sólida localizada dentro do centro do núcleo interno.

“A hipótese da existência de uma bola metálica interna dentro do núcleo interno, o núcleo interno mais interno, foi levantada há cerca de 20 anos. Agora fornecemos outra linha de evidência para prová-la”, disse Thanh-Son Phạm, pesquisador da Universidade Nacional Australiana (ANU). Um estudo sobre o tema foi publicado na revista científica Nature Communications.

No estudo, os pesquisadores descobriram que as ondas sísmicas sondavam repetidamente pontos próximos ao centro da Terra de diferentes ângulos. Ao analisar a variação dos tempos de viagem dessas ondas em diferentes terremotos, os cientistas concluíram que a estrutura cristalizada dentro da região mais interna do núcleo interno é provavelmente diferente da camada externa. Segundo a equipe da ANU, a descoberta sugere que pode ter havido um grande evento global em algum momento durante a linha do tempo evolutiva da Terra que levou a uma mudança “significativa” na estrutura cristalina ou na textura do núcleo interno do nosso planeta.

Fontes
Universidade Nacional Australiana
Imagens
iStock