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Cientistas dos EUA concluem a construção da maior câmera digital do mundo

Pesando três toneladas, o equipamento será instalado no Chile e ajudará astrônomos a solucionar mistérios do universo
Por History Channel Brasil em 04 de Abril de 2024 às 13:05 HS
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Após duas décadas de trabalho, cientistas do Centro de Aceleração Linear de Stanford (SLAC), nos Estados Unidos, terminaram de construir a maior câmera digital do mundo. Batizado de LSST, ou Legacy Survey of Space and Time ("Pesquisa do Legado do Espaço e do Tempo", em tradução livre), o dispositivo será instalado no futuro Observatório Vera C. Rubin, Chile. O equipamento ajudará astrônomos a entender melhor a matéria escura, a energia escura e outros mistérios do universo.

3.200 megapixels

Segundo os pesquisadores, a câmera de 3.200 megapixels permitirá que o universo seja observado em detalhes sem precedentes. Ao longo de dez anos, o equipamento gerará um enorme volume de dados a respeito do céu noturno do Hemisfério Sul. Essas informações auxiliarão no entendimento da energia escura, que impulsiona a expansão acelerada do universo, e na busca pela matéria escura, a substância misteriosa que compõe cerca de 85% do universo.

Câmera LSST
Câmera LSST (Imagem: Jacqueline Ramseyer Orrell/Centro de Aceleração Linear de Stanford/Divulgação)

Os cientistas também têm planos de utilizar os dados para entender melhor a Via Láctea e o nosso Sistema Solar. "Com a conclusão da singular Câmera LSST no SLAC e sua iminente integração com o restante dos sistemas do Observatório Rubin no Chile, em breve começaremos a produzir o maior filme de todos os tempos e o mapa mais informativo do céu noturno já montado", disse Željko Ivezić, diretor da construção do observatório e professor da Universidade de Washington.

A LSST tem aproximadamente o tamanho de um carro pequeno e pesa cerca de três toneladas. A resolução da câmera é tão alta que seria necessário centenas de TVs de ultra alta definição para exibir apenas uma de suas imagens em tamanho completo. "Com a Câmera LSST em seu núcleo, o Observatório Rubin investigará mais profundamente do que nunca o cosmos e ajudará a responder algumas das questões mais difíceis e importantes da física atual", afirmou Kathy Turner, gerente de programa do Departamento de Energia dos Estados Unidos, que financia o projeto.

Fontes
Centro de Aceleração Linear de Stanford 
Imagens
Greg Stewart/Centro de Aceleração Linear de Stanford/Divulgação