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Cientistas podem ter resolvido um dos grandes enigmas da Ilha de Páscoa

Drones ajudaram a solucionar mistério que envolvia a sobrevivência dos antigos nativos de Rapa Nui
Por History Channel Brasil em 25 de Maio de 2022 às 19:13 HS
Cientistas podem ter resolvido um dos grandes enigmas da Ilha de Páscoa-0

A função dos moais (as grandes estátuas presentes na Ilha de Páscoa) sempre intrigou os pesquisadores. O mais surpreendente é que esse enigma pode estar relacionado com outro mistério que envolve o local: como os antigos nativos conseguiam se abastecer de água doce durante séculos? Um novo estudo pode ter finalmente chegado a uma resposta.

Infiltrações costeiras

A água doce é um bem escasso na Ilha de Páscoa. Nenhum rio ou córrego cruza sua superfície e o local possui apenas três pequenos lagos que costumam secar durante secas periódicas. Quando os primeiros colonos europeus chegaram lá, a partir do século XVIII, eles tiveram uma surpresa ao ver os nativos aparentemente ingerindo água do mar sem sofrer efeitos colaterais.

Mais tarde, os pesquisadores descobriram que o abastecimento de água potável vinha de “infiltrações costeiras” de água doce. Quando os nativos bebiam dessas fontes, os europeus pensavam que eles estavam tomando água do mar. Segundo os cientistas, quando chove na ilha a água corre até os níveis inferiores e emerge do solo por meio das rochas que se encontram em contato com o oceano. Assim, ambas as águas se mesclam e criam um líquido que contém níveis salinos suficientemente baixos para que seja apto ao consumo humano.

Recentemente, com o uso de drones de imagem térmica, cientistas da Universidade de Binghamton foram capazes de comprovar esse fenômeno. O equipamento ajudou os pesquisadores a identificar a localização de diversas dessas infiltrações costeiras. Uma pesquisa anterior já havia levantado a hipótese de que essas fontes de água salobra coincidiam com os locais onde estavam erguidos os moais. Parece que seu propósito era justamente mostrar aos nativos onde eles poderiam encontrar água própria para o consumo.

Fontes
La Nación e Universidade de Binghamton
Imagens
iStock