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Mistério no espaço: cientistas detectam estruturas colossais às margens da Via Láctea

Pesquisadores ficaram intrigados com imagens de uma parte da Via Láctea que nunca havia sido explorada
Por History Channel Brasil em 30 de Dezembro de 2021 às 18:24 HS
Mistério no espaço: cientistas detectam estruturas colossais às margens da Via Láctea-0

Usando dados da missão espacial Gaia, um grupo de astrônomos criou um novo mapa do disco externo da Via Láctea. Os pesquisadores ficaram intrigados, pois as imagens revelaram a existência de estruturas colossais às margens da galáxia. O estudo foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Fósseis de braços espirais

O principal autor do estudo, Chervin Laporte, explicou que, até agora, essa parte da Via Láctea nunca havia sido explorada em sua totalidade devido à presença de poeira, que escurece a maior parte do plano médio galáctico. Agora, pela primeira vez, foram identificados filamentos giratórios massivos de procedência ainda desconhecida. Simulações numéricas previam que tais estruturas se formassem no disco externo, no entanto, a quantidade delas revelada pelo novo mapa não era esperada e permanece um mistério.

Mapa da Via Láctea

Mas o que seriam essas estruturas? Segundo as primeiras hipóteses, trata-se de fósseis de braços espirais do disco da Via Láctea. Elas seriam resultado de interações que aconteceram em um passado remoto entre a nossa galáxia e galáxias vizinhas.

Outra possibilidade é que nem todas essas estruturas sejam verdadeiros braços espirais fósseis genuínos. Em vez disso, elas seriam cristas de distorções verticais em grande escala no disco da Via Láctea. "Acreditamos que os discos respondem aos impactos das galáxias satélites que criam ondas verticais que se propagam como ondulações em um lago", teorizou Laporte. A equipe agora irá usar os dados do observatório Gaia para examinar cada estrutura com mais detalhes e descobrir como elas foram formadas.

Fontes
Royal Astronomical Society e IFLScience
Imagens
iStock e Laporte et al./Divulgação