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NASA estuda objeto espacial brilhante que desafia as leis da física

Conhecido como Fonte Ultraluminosa de Raios-X, ele produz cerca de 10 milhões de vezes mais energia que o Sol
Por History Channel Brasil em 15 de Abril de 2023 às 11:45 HS
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Um novo estudo da NASA ajuda a entender objetos espaciais exóticos que desafiam as leis da física. Conhecidos como Fontes Ultraluminosas de Raios-X (ou ULX), eles produzem cerca de 10 milhões de vezes mais energia que o Sol. Eles são tão radiantes que parecem ultrapassar em até 500 vezes algo chamado limite de Eddington, que limita o brilho de um objeto com base em sua massa.

Campos magnéticos

No estudo, publicado na revista científica The Astrophysical Journal, os pesquisadores relatam uma medição inédita de uma ULX feita com o Conjunto de Telescópios Espectroscópicos Nucleares (NuSTAR) da NASA. A descoberta confirma que esses emissores de luz são realmente tão brilhantes quanto parecem e que ultrapassam o limite de Eddington. Se os cientistas puderem confirmar o brilho excessivo de mais ULXs, eles poderão descartar uma hipótese persistente que explicaria o fenômeno. 

Essa hipótese, baseada em observações de outros objetos cósmicos, postula que ventos fortes formam um cone oco ao redor da fonte de luz, concentrando a maior parte da emissão em uma direção. Se apontado diretamente para a Terra, o cone poderia criar uma espécie de ilusão de ótica, fazendo parecer falsamente que a ULX estava excedendo o limite de brilho. Mas, uma hipótese levantada pelo novo estudo sugere que esse brilho extraordinário se deve aos fortes campos magnéticos das ULX.

Segundo o novo estudo, campos magnéticos fortes distorcem os átomos aproximadamente esféricos em formas alongadas e fibrosas. Isso reduziria a capacidade dos fótons de afastar os átomos, aumentando o brilho máximo possível de um objeto. “Essas observações nos permitem ver os efeitos desses campos magnéticos incrivelmente fortes que nunca poderíamos reproduzir na Terra com a tecnologia atual”, disse Matteo Bachetti, astrofísico do Observatório Cagliari do Instituto Nacional de Astrofísica na Itália e principal autor do estudo.

Fontes
NASA
Imagens
NASA/JPL-Caltech/Divulgação