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Nem meteoritos nem mudança climática: qual será o verdadeiro motivo da extinção humana?

Pesquisador renomado analisou dados biológicos e paleontológicos, chegando a um prognóstico sombrio
Por History Channel Brasil em 10 de Dezembro de 2021 às 16:20 HS
Nem meteoritos nem mudança climática: qual será o verdadeiro motivo da extinção humana?-0

Certa vez, Elon Musk declarou em uma entrevista que o colapso da civilização virá pela falta de diversidade genética, assim como os fatores ambientais e socioeconômicos que hoje marcam uma tendência negativa na taxa de crescimento populacional mundial, até 2100. O prognóstico de Musk coincide com o de muitos cientistas, e é também a conclusão a qual chegou o paleontólogo, biólogo e editor da renomada revista científica Nature, Henry Gee, que analisou dados biológicos e paleontológicos para obter um prognóstico sombrio.

Espécie humana à beira da extinção

Segundo Gee, os registros paleontológicos indicam que não existe espécie mamífera alguma que tenha superado um milhão de anos de vida, inclusive no caso de espécies com um genoma mais diverso que o da espécie humana. A isso se soma outro fator agravante: ao longo dos 365 mil anos de vida humana, a espécie esteve à beira da extinção em duas ocasiões, pelo menos.

Após alcançar limites demográficos mínimos, os grupos reduzidos de humanos começaram a se reproduzir vertiginosamente, gerando um genoma similar para toda a espécie. Gee diz que “há mais diversidade genética em alguns grupos de chimpanzés selvagens que em toda a população humana do planeta”. 

DNA



Essa falta de diversidade genética é o que expõe a espécie humana às milhões de mutações de vírus e bactérias, a tal ponto que, se não fosse o avanço tecnológico e o domínio do ambiente alcançados, o colapso da civilização já teria acontecido há muitas gerações. Outro fator determinante é a drástica redução do crescimento demográfico mundial. Apesar de a população ter duplicado a partir de 1968, seu crescimento vem agudamente diminuindo, o que faz com que os especialistas especulem uma queda vertiginosa até meados do século XXI, e uma redução ainda maior em 2100.

Entre os motivos dessa redução, verifica-se a infertilidade crescente do sêmen humano por motivos ainda desconhecidos, a falta de segurança financeira, a decisão de ter filhos mais tarde, a preocupação pela mudança climática e a deterioração do meio ambiente, fatores que impactam nos aspectos físico e psicológico.

Gee define a situação atual como “perigo de extinção”, explicando da seguinte forma: “Chega um momento em que o progresso de qualquer espécie, inclusive aquelas que parecem prosperar, no qual a extinção é inevitável, não importa o que se faz para evitar”.
Ele garante que a questão não é se a espécie humana será extinta, mas sim quando e em que velocidade. Em sua opinião, o colapso chegará em breve, enquanto outros cientistas acreditam que levará aproximadamente um século e que as causas não serão demográficas. 

Fontes
Futurism e El Confidencial
Imagens
iStock