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O ouvido médio humano evoluiu a partir das brânquias dos peixes

Descoberta foi feita ao estudar fósseis de uma espécie aquática que viveu há 400 milhões de anos
Por History Channel Brasil em 01 de Julho de 2022 às 18:15 HS
O ouvido médio humano evoluiu a partir das brânquias dos peixes-0

Um grupo de cientistas encontrou as primeiras evidências que comprovam que o ouvido médio dos humanos evoluiu a partir das brânquias dos peixes. Mais especificamente do espiráculo, orifício por onde entra a água no órgão de respiração desses animais. O estudo é de autoria de pesquisadores do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados (IVPP) da Academia de Ciências da China.

Evolução lenta

A descoberta foi feita a partir do estudo de fósseis de galeaspidas, uma classe extinta de peixes que viveu há cerca de 400 milhões de anos.  “Esses fósseis forneceram a primeira evidência anatômica e fóssil de um espiráculo de vertebrado originário de brânquias de peixes”, disse Zhikun Gai from IVPP, principal autor do estudo. Até que essas estruturas evoluíssem para darem origem ao ouvido médio humano, foi um longo caminho.

Brânquias de tubarão

No Polypterus, o peixe ósseo vivo mais primitivo, os espiráculos são usados para respirar. No entanto, essas estruturas acabaram sendo substituídas na maioria das espécies que deixaram a água. Isso aconteceu à medida que evoluíam e passavam a respirar pelo nariz e pela boca. Mais tarde, nos tetrápodes (superclasse de vertebrados terrestres, possuidores de quatro membros), o espiráculo evoluiu para se tornar o ouvido. Essa função permaneceu ao longo da evolução até chegar aos humanos.

O ouvido médio humano, que abriga três minúsculos ossos, tem a função de transportar vibrações sonoras para o ouvido interno, onde se tornam impulsos nervosos que nos permitem ouvir. Além dessa parte anatômica da nossa espécie, outras têm origem semelhante.  “Muitas estruturas importantes dos seres humanos podem ser rastreadas até nossos ancestrais peixes, como nossos dentes, mandíbulas, etc”, disse Zhu Min, da Academia de Ciências da China.

Fontes
Infobae
Imagens
iStock