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Por que as fêmeas de algumas espécies matam os machos após o acasalamento?

Canibalismo sexual pode ser observado em alguns tipos de insetos e aracnídeos
Por History Channel Brasil em 27 de Abril de 2022 às 15:22 HS
Por que as fêmeas de algumas espécies matam os machos após o acasalamento?-0

O canibalismo sexual entre os animais é um comportamento que sempre fascinou os biólogos. Considerada incomum, essa prática pode ser observada em alguns tipos de insetos e aracnídeos (embora já tenha sido registrada de forma mais rara em polvos e cobras). O exemplo mais conhecido ocorre entre os louva-a-deus: as fêmeas da espécie costumam devorar a cabeça de seus parceiros após o acasalamento. 

Estratégia evolutiva

As aranhas do gênero Latrodectus também são conhecidas por apresentar esse comportamento. Popularmente conhecidas como viúvas-negras, elas têm esse nome porque na maioria das espécies do gênero, a fêmea devora o macho após a cópula.

Mas o que explica esse fenômeno? No passado, alguns especialistas sugeriam que o canibalismo sexual seria apenas o resultado de um apetite voraz feminino: as fêmeas confundiriam os machos com presas após a cópula. Mas outros experimentos indicam que pode se tratar de uma estratégia que pode beneficiar a evolução das espécies que adotam a prática.

Viúvas-negras

Evidências apontam que os próprios machos podem ter tido um papel na evolução do canibalismo sexual. Pesquisadores das universidade de Cornell e do Texas propuseram que esse comportamento evoluiu porque os machos de algumas espécies poderiam obter uma vantagem evolutiva ao serem devorados. Isso porque seus corpos poderiam nutrir as mães de suas crias, aumentando as chances de transmitir seus próprios genes para as futuras gerações.

Em certos casos, a morte do macho pode ajudar a prevenir que a fêmea seja novamente fecundada por um concorrente. Em algumas espécies de aranhas tecedeiras, o órgão sexual masculino fica preso no receptáculo feminino após a sua morte. Assim, a fêmea fica impedida de receber espermatozoides de outro aracnídeo.

Fontes
New York Times
Imagens
iStock