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Técnica revolucionária permite ler pensamentos por meio de ressonância magnética

Usando um algoritmo, foi possível decodificar atividades cerebrais de voluntários e traduzi-las em palavras
Por History Channel Brasil em 28 de Outubro de 2022 às 13:55 HS
Técnica revolucionária permite ler pensamentos por meio de ressonância magnética-0

Cientistas dos Estados Unidos conseguiram ler pensamentos de pacientes por meio de um exame de ressonância magnética. O equipamento foi capaz de decodificar atividades cerebrais de voluntários e traduzi-las em palavras. No futuro, a técnica poderá ser usada como uma interface entre  computadores e os cérebros de pessoas incapacitadas de falar ou digitar. 

Algoritmo decodifica pensamentos

O estudo, que ainda não foi revisado por pares, foi publicado no repositório científico bioRxiv. Ao contrário de outros métodos de decodificação de pensamento que usam dispositivos (como eletrodos) para monitorar o cérebro, a nova técnica desenvolvida pelos pesquisadores da Universidade do Texas é não-invasiva. O método consiste em aplicar a ressonância magnética para observar mudanças no fluxo sanguíneo cerebral e mapeá-las em relação aos pensamentos dos usuários.

Exame de ressonância magnética

Durante o estudo, os pesquisadores escanearam os cérebros de três voluntários enquanto eles ouviam podcasts e histórias por um período de 16 horas. Com base nesse monitoramento feito por ressonância magnética, um algoritmo foi capaz fazer previsões sobre como certos padrões de atividade cerebral se correlacionam com representações de pensamento semântico.  Ou seja, o algoritmo conseguiu gerar histórias que correspondiam aos enredos originais dos conteúdos ouvidos pelos participantes. 

Segundo os pesquisadores, o algoritmo ainda comete alguns erros, como trocar os pronomes dos personagens e o uso da primeira e da terceira pessoa. Apesar disso, os resultados são promissores e um dia a técnica poderá ajudar pessoas incapazes fisicamente de se comunicar. "Se você tivesse perguntado a qualquer neurocientista cognitivo do mundo há 20 anos se isso era factível, eles teriam rido de você", disse ao site The Scientist o neurocientista Alexander Huth, líder do estudo.

Fontes
IFLScience, Live Science e The Scientist
Imagens
iStock