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Gênio da física teria desaparecido misteriosamente para não construir a bomba atômica

Por History Channel Brasil em 09 de Dezembro de 2019 às 15:25 HS
Gênio da física teria desaparecido misteriosamente para não construir a bomba atômica-0

Em 1938, o físico italiano Ettore Majorana desapareceu sem deixar pistas. Ele tinha 32 anos e, embora até aquele momento tivesse publicado apenas seis ou sete pesquisas, eminências do assunto já o consideravam um gênio. Uma teoria surgida em um livro de 1975 sugere que ele decidiu desaparecer por ter previsto a fabricação da bomba atômica e por temer que Mussolini e Hitler pudessem utilizar o seu trabalho com o objetivo de desenvolver esse tipo de arma de destruição em massa.

 

Majorana mostrou sua genialidade desde a mais tenra idade. Enrico Fermi, Prêmio Nobel de Física, comparou-o a Galileu e Newton, mas o físico não estava interessado em nenhum tipo de reconhecimento público. Majorana era discípulo do cientista alemão Werner Karl Heisenberg, que alertou os físicos do mundo sobre os perigos da corrida nuclear e se recusou a desenvolver a bomba atômica para Hitler.

 

Em março de 1938, Ettore Majorana desapareceu misteriosamente depois de enviar algumas cartas nas quais parecia insinuar seu suicídio. No entanto, o saque de todas as suas economias bancárias e outras pistas parecem indicar um destino diferente. Alguns afirmam tê-lo visto na Argentina, outros dizem que ele se retirou para um convento ou que virou mendigo na Sicília, onde teria ajudado jovens com dúvidas sobre física.

 

Em março de 2011, o Ministério Público de Roma abriu um inquérito para investigar o depoimento de uma testemunha que afirmava ter se encontrado com Majorana em Buenos Aires nos anos após a Segunda Guerra Mundial. A investigação também incluía a análise de uma fotografia de um homem registrada na capital argentina em 1955. O estudo indicava que havia dez pontos de semelhança entre os rostos do homem e o de Majorana. 

 

Em 4 de fevereiro de 2015, o Ministério Público de Roma divulgou um documento afirmando que Majorana estava vivo entre os anos de 1955 e 1959, morando em Valência, na Venezuela. Essas últimas descobertas, com base em novas evidências, fizeram o órgão declarar o caso oficialmente encerrado. Segundo as autoridades italianas, não foi  encontrada nenhuma evidência criminal relacionada ao seu desaparecimento, e ele provavelmente tenha se retirado da vida pública por escolha pessoal.  Teria o grande físico realmente preferido sumir do mapa em vez de criar a maior arma conhecida pela humanidade, a mesma que sete anos depois foi lançada em Hiroshima e Nagasaki? O mistério ainda persiste.


Fontes: Infobae, Corriere della Sera e Público

 

Imagem: Domínio Público, via Wikimedia Commons