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Crianças tiveram aula pelo rádio durante epidemia de poliomielite em 1937

Por History Channel Brasil em 04 de Fevereiro de 2021 às 13:59 HS
Crianças tiveram aula pelo rádio durante epidemia de poliomielite em 1937-0

Durante a pandemia de COVID-19 muitos pais tiveram que se acostumar com seus filhos em casa tendo aulas de forma remota. O que nem todo mundo sabe é que essa situação não é novidade. Em 1937, quando houve uma epidemia de poliomielite nos Estados Unidos, alunos de Chicago ouviram suas lições pelo rádio.

Naquela época, ainda não havia vacinas contra a poliomielite. Durante muito tempo, a doença causou deficiências físicas em inúmeras pessoas, principalmente crianças (por isso ela também é conhecida como paralisia infantil). A epidemia de 1937 nos EUA foi especialmente severa.

Apenas em agosto daquele ano, Chicago registrou um número recorde de 109 casos da doença. Com isso, a Secretaria de Educação da cidade adiou o início das aulas por três semanas. Foi quando surgiu a ideia de colocar em prática uma experiência de "rádio escola".

Professores e diretores elaboraram aulas para serem transmitidas para cada série, com supervisão de especialistas em cada assunto. Sete estações de rádio locais doaram tempo de transmissão. Os horários das aulas foram divulgados nos jornais impressos da cidade.

Cerca de 315 mil crianças da 3ª à 8ª série participaram do projeto. As aulas tinham apenas 15 minutos: os professores abordavam questões simples e passavam lições de casa. O objetivo era que o conteúdo fosse divertido, porém informativo. A primeira aula aconteceu em 13 de setembro.

Dezesseis professores foram designados para atender telefones dos pais para tirar dúvidas. Mais de mil ligações foram feitas no primeiro dia, o que demandou a convocação de mais cinco. As aulas pelo rádio acabaram no final de setembro, quando as escolas reabriram.

A primeira vacina para poliomielite foi declarada segura e eficaz em 1955. Com o passar dos anos, o acesso à vacinação se popularizou e os casos da doença diminuíram em mais de 99% em todo o mundo.


Fonte: The Conversation

Imagem: Shutterstock.com