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Destroços do Titanic estão sendo devorados por formas de vida invisíveis

Novas imagens mostram estado do navio, que pode ser inteiramente consumido até 2030
Por History Channel Brasil em 21 de Março de 2022 às 15:54 HS
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Uma expedição irá estudar os micro-organismos que devoram os destroços do Titanic, que afundou em 1912. Os cientistas que participam do projeto coletarão amostras submarinas para entender melhor a biodiversidade do recife artificial criado pelo naufrágio. Pesquisadores acreditam que micróbios podem consumir a embarcação inteira até 2030.

Preservação do Titanic

Localizados em 1985, os destroços do Titanic estão a 3.800 metros de profundidade, em uma região situada a cerca de 600 quilômetros ao sul de Newfoundland, no Canadá. Desde que o local do naufrágio foi descoberto, pesquisadores têm procurado preservar e estudar o que resta da embarcação. Mas, uma combinação de forças da natureza, como a corrosão pelo sal marítimo, fortes correntes oceânicas e micróbios que se alimentam de metais, é responsável pela rápida deterioração do navio.

Destroços do Titanic

De acordo com os cientistas, os destroços se transformaram em um recife artificial que apresenta uma abundância de organismos. O Titanic agora está coberto de comunidades de bactérias que estão lentamente corroendo o que resta da embarcação. Enquanto a proa e parte do interior permanecem bem preservados, quase todo o restante do barco está deteriorado.

Destroços do Titanic

“Este é um dos estudos mais profundos e ambiciosos que realizamos. Essa parceria contribuirá para o crescente banco de dados que auxilia na compreensão dos oceanos profundos e do extraordinário espectro de espécies que desempenham papéis importantes nesses ecossistemas”, disse Mehrdad Hajibabaei, especialista em genômica da biodiversidade e fundador da organização de genômica ambiental eDNAtec, que promove o projeto junto com a empresa OceanGate Expeditions.

Destroços do Titanic

O Titanic afundou nas águas geladas do Atlântico Norte na madrugada de 15 de abril de 1912, deixando um saldo trágico de mais de 1.500 mortos. A principal hipótese aponta que o navio naufragou após se chocar contra um iceberg. 

Fontes
Newsweek
Imagens
NOAA/IFE/URI, via Wikimedia Commons e OceanGate Expeditions