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Dieta pré-histórica: estudo revela o que os neandertais comiam há 60 mil anos

A análise de ossos e dentes fossilizados permitiu estabelecer do que se alimentavam os nossos primos distantes
Por History Channel Brasil em 22 de Junho de 2021 às 13:57 HS
Dieta pré-histórica: estudo revela o que os neandertais comiam há 60 mil anos-0

Um novo estudo liderado por cientistas da Universidade de Valência revela o que estava no cardápio dos neandertais há 60 mil anos. O estudo da dieta dos nossos "primos distantes" oferece um panorama de seus comportamentos, mobilidade e adaptabilidade. Isso pode indicar se os hábitos alimentares deles resultaram na desvantagem competitiva com os humanos modernos que eventualmente resultou na extinção da espécie pré-histórica.

Dieta neandertal

Os neandertais povoaram as terras da Eurásia ocidental até a região oriental das montanhas de Altai, na Sibéria, e é precisamente nessa área que se centrou a pesquisa dos cientistas. Eles analisaram restos fósseis e cálculos dentários (acúmulo de restos de alimentos nos dentes) de neandertais que viviam na região. As análises de uma mandíbula determinaram um consumo habitual de proteína animal e plantas.

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O estudo revelou que um indivíduo em particular consumia uma grande quantidade de proteína animal, proveniente da caça de animais de grande e médio porte. Usando microscopia de luz, os pesquisadores também identificaram um conjunto diversificado de partículas microscópicas de plantas preservadas no cálculo dentário do mesmo indivíduo, bem como de outros que viviam local. Esses restos de comida indicam que os neandertais siberianos também consumiam várias plantas diferentes.

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“Inclusive em condições climáticas adversas, os neandertais eram capazes de manter uma dieta variada. Foi realmente surpreendente que esses seres tivessem padrões de subsistência muito similares aos da Eurásia ocidental. Isso demonstra a alta adaptabilidade de nossos primos e, portanto, sugere que sua ecologia dietética provavelmente não tenha sido uma desvantagem ao competir com humanos anatomicamente modernos”, disse Domingo Carlos Salazar, pesquisador de excelência CIDEGENT da Universidade de Valência. 

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Fonte: Universidade de Valência

Imagens: iStock.com e Universidade de Valência