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Em momento histórico, TVs dos EUA interrompem transmissão de discurso de Trump sobre "fraude eleitoral"

Por History Channel Brasil em 06 de Novembro de 2020 às 14:05 HS
Em momento histórico, TVs dos EUA interrompem transmissão de discurso de Trump sobre "fraude eleitoral"-0

Na noite de quinta-feira (5/11), Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, fez um discurso na Casa Branca contestando a lisura da contagem de votos nas eleições presidenciais do país. "Se contarmos os votos legais, ganhamos facilmente. Se contarmos os ilegais, vão tentar nos roubar", afirmou. Ao menos três grandes emissoras de TV decidiram interromper a transmissão do pronunciamento, pois ele não apresentou evidências do que dizia. 

As emissoras que tomaram a decisão de fazer o fact-checking da fala de Trump ao vivo foram a NBC, ABC e CBS (além da MSNBC e CNBC, ligadas à NBC). "Estamos aqui novamente na situação inusitada de não só interromper o presidente dos Estados Unidos, mas também de corrigir o presidente dos Estados Unidos”, afirmou no ar o apresentador Brian Williams, da MSNBC.  “O que o presidente dos Estados Unidos está dizendo, em grande parte, é absolutamente falso", disse Shep Smith, âncora da CNBC.


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Outras redes de TV optaram por transmitir o discurso sem interrupções. A CNN foi uma delas, mas imediatamente depois de o presidente encerrar o pronunciamento, o apresentador Jake Tapper disse: "Acusar falsamente as pessoas de tentarem roubar as eleições, tentar atacar assim a democracia com seu festival de mentiras. Mentira atrás de mentira, atrás de mentira...". A Fox News também veiculou o discurso na íntegra, mas o apresentador Bret Baier comentou que "não vimos evidências concretas" da alegação de fraude eleitoral defendida pelo presidente.

Não é a primeira vez que redes de TV decidem interromper a transmissão dos comentários de Trump ao vivo. Em março, vários emissoras tomaram a mesma atitude durante uma das falas do presidente sobre o coronavírus, depois que ele contradisse seus próprios especialistas em saúde.


Fontes: El País, The Verge, Forbes e The Guardian

Imagem: Evan El-Amin / Shutterstock.com