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Encontrados restos mortais de criança enterrada com cachorro de estimação há 2 mil anos

Por History Channel Brasil em 15 de Janeiro de 2021 às 17:35 HS
Encontrados restos mortais de criança enterrada com cachorro de estimação há 2 mil anos-0

Arqueólogos encontraram na França a sepultura de uma criança enterrada há cerca de dois mil anos. O mais surpreendente foi que junto de seus restos mortais estava a ossada de um cachorro. O achado remonta ao tempo em que os gauleses eram governados pelo Império Romano.

A descoberta foi feita durante obras na pista do aeroporto da cidade de Clermont-Ferrand. Os pesquisadores estimam que a criança tivesse aproximadamente um ano de idade quando morreu. Ela foi enterrada em um caixão de madeira de 80cm, decorado com uma espécie de etiqueta de ferro.

Na sepultura, do lado de fora do caixão, havia ossos de um filhote de cachorro. O animal foi enterrado com uma coleira decorada em bronze e equipada com um pequeno sino. Foi a primeira vez que uma peça desse tipo foi encontrada, segundo o  Instituto Nacional de Pesquisa Arqueológica Preventiva da França.

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Na mesma cova havia cerca de 20 objetos, como uma série de vasos de terracota em miniatura e potes de vidro que deviam conter comida e bebida relacionadas a um banquete fúnebre. Entre os restos de alimentos estavam vestígios de peças suínas e duas galinhas sem cabeça. Alguns vasos em miniatura que também estavam no local podem conter produtos cosméticos ou medicamentosos. As substâncias passarão por análises químicas para serem identificadas.

Objetos pessoais da criança também foram encontrados, como uma espécie de alfinete ornamental e um círculo de ferro com cerca de trinta centímetros de diâmetro acompanhado por uma haste dobrada. Os arqueólogos acreditam que se tratava de de um brinquedo. No túmulo havia ainda algo que deixou os pesquisadores comovidos: um dente de leite que pode ter sido de uma irmã ou irmão mais velho da criança falecida. Os artefatos sugerem que ela fazia parte de uma família privilegiada. 


Fontes: The Guardian e Instituto Nacional de Pesquisa Arqueológica Preventiva

Imagens: Instituto Nacional de Pesquisa Arqueológica Preventiva/Divulgação