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Os cinco acidentes nucleares mais devastadores da história

Por History Channel Brasil em 13 de Julho de 2019 às 12:51 HS
Os cinco acidentes nucleares mais devastadores da história-0

A história da energia nuclear registra vários incidentes, desde pequenas falhas até verdadeiras tragédias. A Escala Internacional de Eventos Nucleares (INES) considera que os piores foram os de Chernobyl (URSS), em 1986, Fukushima (Japão), em 2011, e o da a central Three Mile Island (Estados Unidos), em 1979. Além desses, outros dois, registrados em Kyshtym (URSS) e Windscale (Reino Unido) também tiveram consequências graves.

Chernobyl

Em 26 de abril de 1986, durante um teste de segurança, o reator número 4 gerou um superaquecimento do núcleo, que culminou na explosão do hidrogênio acumulado em seu interior.

Mais de 200 toneladas de material radioativo, entre 100 e 500 bombas atômicas de Hiroshima, foram jogadas na atmosfera, matando 31 pessoas imediatamente e obrigando a evacuação de 135 mil moradores. Com o tempo, a radiação acabaria matando mais de 100 mil pessoas.

Fukushima

Um terremoto de 9 graus na escala Richter sacudiu a costa nordeste do Japão, em 11 de março de 2011, gerando o acidente nuclear de Fuskushima, o mais grave da história, depois do acidente de Chernobyl.

O movimento sísmico gerou um tsunami de 14 metros de altura, que inundou a central e inutilizou os sistemas de refrigeração nuclear. Consequentemente, foram registrados incêndios e explosões que deixaram um saldo histórico de 16 mil mortos, mais de 3 mil desaparecidos e 6 mil feridos.

Three Mile Island

O acidente iniciou às 4 da manhã, horário local, em 28 de março de 1979, quando um circuito da planta falhou e gerou uma fuga de água radioativa pelos tubos de refrigeração do reator nuclear, depois de uma falha nos controles de um operário humano.

Felizmente, apesar da gravidade do incidente, não houve vítimas fatais, mesmo que no momento do acidente houvesse 25 mil pessoas residindo a menos de 8 quilômetros do local.

Kyshtym 

Nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, a União Soviética construiu dezenas de instalações secretas, muitas delas mal construídas - em um esforço para fortalecer seu arsenal nuclear. Uma delas, a usina de processamento de combustível nuclear Mayak, na cidade russa de Ozyorsk, nas proximidades de Kyshtym, tornou-se o local de um grande desastre, em 1957. Foi quando o sistema de resfriamento de um tanque de armazenamento falhou, fazendo com que o material radioativo contido superaquecesse e explodisse. 

Somente em 1990 relatórios sobre o evento foram desarquivados. Segundo estimativas, 200 pessoas morreram de câncer por causa da exposição à radiação, e outros milhares podem ter sofrido de doenças relacionadas ao acidente.

Windscale

Projetado para produzir plutônio e outros materiais para o florescente programa de armas nucleares do país, o primeiro reator nuclear da Grã-Bretanha, conhecido como Windscale, foi construído no noroeste da Inglaterra no final da década de 1940. Em 10 de outubro de 1957, os trabalhadores que realizavam uma manutenção de rotina na instalação notaram o aumento das temperaturas. Após uma inspeção, eles descobriram que o núcleo de grafite preenchido com urânio do reator havia pegado fogo.

Assim, uma nuvem radioativa se propagou pela Grã-Bretanha e Europa. Cientistas estimam que, a longo prazo, a chuva radioativa que se originou do incêndio em Windscale pode ter causado cerca de 240 casos de câncer.


Fonte: La Nación e History.com

Imagem: Shutterstock.com