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Os mistérios por trás de 5 tesouros históricos que continuam perdidos

Que fim levaram alguns dos artefatos mais valiosos e importantes de todos os tempos?
Por History Channel Brasil em 29 de Março de 2022 às 18:53 HS
Os mistérios por trás de 5 tesouros históricos que continuam perdidos-0

Poucas coisas atiçam tanto a curiosidade da humanidade quanto o destino de tesouros perdidos. Que fim levaram alguns dos artefatos mais valiosos e importantes de todos os tempos? Confira abaixo os mistérios por trás de cinco deles:

A Arca da Aliança

Arca da Aliança
Imagem: James Tissot  (1836–1902), via Wikimedia Commons

Segundo a Bíblia, a Arca da Aliança é o baú onde foram guardados os Dez Mandamentos que Moisés recebeu de Deus. A tradição hebraica diz que o artefato foi mantido em um templo  que teria sido construído pelo rei Salomão, em Jerusalém. 

Conhecido como Primeiro Templo, esse era o local mais sagrado da Terra para o povo judeu. Porém, o templo foi destruído em 587 a.C. quando um exército da antiga Babilônia, liderado pelo rei Nabucodonosor II, conquistou Jerusalém e saqueou a cidade. Não se sabe ao certo o que aconteceu com a Arca da Aliança depois disso.

A Câmara de  Âmbar

Câmara de Âmbar
Imagem: Branson DeCou  (1892–1941), via Wikimedia Commons

A Câmara de  Âmbar era um conjunto de painéis em âmbar e espelhos folheados a ouro que originalmente faziam parte da decoração de um cômodo do palácio real de Charlottenburg, na Prússia. Ela foi projetada pelo escultor barroco alemão Andreas Schlüter e construída pelo artesão dinamarquês Gottfried Wolfram entre 1701 e 1709. Devido ao seu esplendor, chegou a ser chamada de "A Oitava Maravilha do Mundo". 

Em 1716, a Câmara de  Âmbar foi presenteada por Frederico Guilherme I da Prússia a seu aliado, o czar Pedro I da Rússia. Os painéis foram desmontados e levados para o Palácio de Catarina, em São Petersburgo. O projeto foi então expandido, e após várias ampliações, passou a conter mais de seis toneladas de âmbar, cobrindo mais de 55 m². Estima-se que hoje em dia o conjunto valeria algo entre US$ 154 milhões e US$ 309 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão).

O Palácio de Catarina foi capturado pelos nazistas em 1941 durante a Segunda Guerra Mundial, e os painéis e obras de arte da câmara foram desmontados e levados para a Alemanha. O tesouro não foi visto até então e muitos acreditam que ele tenha sido destruído (embora ainda haja esperanças de encontrá-lo nos destroços de um naufrágio)

A Espada Honjo Masamune 

 Gorō Nyūdō Masamune forjando uma espada
Imagem: Autor desconhecido, via Wikimedia Commons

A Honjo Masamune é uma espada que foi supostamente criada pelo maior forjador da história japonesa, Gorō Nyūdō Masamune, que viveu de 1264 a 1343. Além do sobrenome de seu criador, a arma leva o primeiro o nome de um de seus proprietários, Honjo Shigenaga, que a recebeu como prêmio após uma batalha no século XVI. 

Mais tarde, a espada pertenceu a Tokugawa Ieyasu, que se tornou o primeiro shogun do Japão depois de vencer uma série de guerras no século XVI. O artefato permaneceu com a família Tokugawa até o final da Segunda Guerra Mundial, quando foi entregue às autoridades dos Estados Unidos após a derrota do Japão no conflito. É possível que os soldados dos EUA tenham destruído a espada, juntamente com outras armas japonesas apreendidas na ocasião. Mas há quem acredite que o artefato tenha sido levado para a América do Norte.

Evangelhos do Século I 

São Marcos
São Marcos ( Imagem: Emmanuel Tzanes  (1610–1690), via Wikimedia Commons)

As cópias mais antigas dos evangelhos canônicos cristãos (Marcos, Lucas, Mateus e João) datam do século II. No entanto, muitos estudiosos acreditam que alguns desses textos foram escritos inicialmente na segunda metade do primeiro século I, alguns anos após a morte de Jesus Cristo. 

Em 2015, estudiosos anunciaram que haviam encontrado um fragmento do Evangelho de Marcos dentro dos restos de uma máscara de múmia, que eles acreditavam datar do século I. Mas era alarme falso: análises mais precisas determinaram que o texto datava dos séculos II ou III.

O Sarcófago do Faraó Miquerinos

Sarcófago do faraó Miquerinos
Imagem: Strassberger, B., via Wikimedia Commons

Das três pirâmides de Gizé, no Egito, a menor é a do faraó Miquerinos. Na década de 1830, o oficial militar inglês Howard Vyse explorou o monumento e encontrou um sarcófago ricamente ornamentado que teria pertencido ao governante egípcio.

Em 1838, Vyse tentou enviar o sarcófago para a Inglaterra a bordo do navio mercante Beatrice. Mas, durante o percurso, a embarcação afundou, levando o tesouro arqueológico para o fundo do mar. Caso os destroços do navio sejam encontrados algum dia, talvez seja possível recuperar o antigo sarcófago.
 

Fontes
Live Science
Imagens
iStock