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Pesquisadores criam peixes robóticos "biohíbridos" com células do coração humano

O projeto inovador ajudará os pesquisadores em tratamentos de doenças cardíacas
Por History Channel Brasil em 16 de Fevereiro de 2022 às 20:01 HS
Pesquisadores criam peixes robóticos "biohíbridos" com células do coração humano-0

Pesquisadores da Universidade de Harvard desenvolveram o primeiro peixe artificial biohíbrido totalmente autônomo. Criado a partir de células musculares cardíacas derivadas de células-tronco humanas, ele nada recriando as contrações musculares de um coração bombeando sangue. Um estudo abordando o projeto foi publicado na revista Science.

Tratamentos cardíacos

Os cientistas de Harvard, em colaboração com especialistas da Universidade Emory, construíram a criatura biohíbrida usando papel, plástico, gelatina e duas tiras de células vivas do músculo cardíaco. As contrações musculares movem a cauda do peixe de um lado para o outro, permitindo que ele possa nadar. O projeto ajudará os pesquisadores em tratamentos de doenças cardíacas.

Kit Parker, principal autor do estudo, disse que, a princípio, os cientistas não tinham certeza de quanto tempo o cardume de peixes artificiais duraria. Os pesquisadores se surpreenderam ao constatar que eles nadaram por mais de 100 dias. As células musculares usadas no experimento ficaram mais fortes à medida que os peixes se exercitavam, uma indicação positiva de que a tecnologia poderia ser implementada no tratamento de insuficiências cardíacas.

O peixe artificial biohíbrido poderá auxiliar os pesquisadores no desenvolvimento de tecnologias como bombas musculares artificiais e marca-passos. Além disso, o projeto oferece uma plataforma para estudar doenças como a arritmia e outras enfermidades cardíacas. “Nosso objetivo final é construir um coração artificial para substituir o coração de uma criança que apresenta malformação no órgão”, disse Parker.

Fontes
The Guardian e Universidade de Harvard
Imagens
Michael Rosnach, Keel Yong Lee, Sung-Jin Park, Kevin Kit Parker/Universidade de Harvard/Divulgação