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Relatório aponta que bilionários ficaram mais ricos durante a pandemia de COVID-19

Por History Channel Brasil em 28 de Outubro de 2020 às 13:47 HS
Relatório aponta que bilionários ficaram mais ricos durante a pandemia de COVID-19-0

Um relatório aponta que os bilionários do mundo ficaram ainda mais ricos durante a pandemia de coronavírus. O documento, produzido pelo banco suiço UBS, indica que a fortuna de quem está no topo da pirâmide de riqueza atingiu um novo recorde de US$ 10,2 trilhões em julho de 2020, comparado ao pico de US$ 8,9 trilhões alcançado há três anos. O número de pessoas com ativos avaliados em US$ 1 bilhão ou mais também aumentou de 2.158 em 2017 para 2.189 neste ano.

Segundo o relatório, somente entre abril e julho de 2020 houve um aumento de 27,5% na riqueza dos bilionários. Desses, os que atuam nos setores industrial, de tecnologia e de saúde foram os que tiveram o maior aumento em seus ativos, com saltos de 44%, 41% e 36%, respectivamente. Os bilionários da área de saúde viram sua riqueza total aumentar em 50,3%, acumulando US$ 658,6 bilhões, "impulsionado por uma nova era de descoberta de medicamentos e inovações em diagnósticos e tecnologia médica, bem como, recentemente, tratamentos e equipamentos para a COVID-19". 

O estudo indica que essa riqueza chegou a encolher US$ 564 bilhões nos primeiros meses de 2020, por consequência da paralisação da economia global. Mas, devido à forte alta nos mercados de ações, houve uma rápida recuperação.  Josef Stadler, do UBS, disse que os super-ricos se beneficiaram na crise porque tiveram “estômago” para comprar mais ações enquanto os mercados acionários em todo o mundo estavam quebrando.

De acordo com dados publicados no relatório, pouco mais de 200 dos bilionários do mundo doaram um total de US$ 7,2 bilhões para ajudar a combater a crise de saúde causada pelo COVID-19, bem como as consequências sociais e econômicas que o vírus causou. Os bilionários brasileiros somaram uma fortuna de US$ 176,1 bilhões, comparado aos US$ 127,1 bilhões acumulados em 2019, uma alta de 38%.


Fontes: Financial Times, The Guardian, G1 e Deutsche Welle

Imagem: Shutterstock.com