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As teorias científicas que tentam explicar a origem e o propósito dos sonhos

Por History Channel Brasil em 21 de Janeiro de 2020 às 16:31 HS
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Os sonhos e seus significados sempre intrigaram a humanidade. No Egito Antigo e na Mesopotâmia, acreditava-se que eles fossem mensagens dos deuses. Já os gregos e romanos tentavam prever o futuro ao interpretar o que as pessoas sonhavam. Mas, afinal, por que sonhamos? 

Há algumas teorias científicas que tentam explicar a origem dos sonhos. Uma delas diz que eles servem para lidar com as nossas ansiedades. De acordo com Alice Robb, autora do livro Why We Dream ("Por Que Sonhamos"), ao sonharmos, repassamos as coisas com as quais estamos estressados enquanto treinamos para enfrentá-las. Assim, se alguém está preocupado com uma prova, uma entrevista de emprego ou um problema de saúde, os sonhos refletiriam esses temas, mas de um modo bizarro. Isso seria uma forma de tornar a realidade menos assustadora do que as situações estranhas com as quais sonhamos.

Outra teoria diz que os sonhos servem para ajudar no aprendizado e na criação de memórias. Dessa maneira, o cérebro estaria ajustando as conexões feitas durante o dia. "Ele separa as memórias para descobrir o que vai ficar armazenado em longo prazo e o que será descartado", diz Robb.

De acordo com especialistas, nosso cérebro funciona de maneira muito diferente enquanto estamos dormindo. Durante o estágio do sonho, "nossa mente opera em um estado bioquímico muito diferente", disse Deirdre Barrett, psicóloga e pesquisadora de sonhos na Harvard Medical School. Isso significa que algumas partes do nosso cérebro se tornam muito menos ativas enquanto outras se ativam muito mais. Por exemplo, o córtex visual secundário - a parte do cérebro que forma imagens - se torna muito mais ativa, o que ajuda a produzir o que "vemos" durante o sono. Enquanto isso, o córtex pré-frontal, que normalmente filtra nossos pensamentos, se comprime.

E quanto aos significados dos sonhos? Barrett afirma que não há fórmula para interpretá-los. Apesar disso, eles oferecem valiosas pistas sobre como processamos as informações durante o período que passamos dormindo.


Fontes: Washington Post e Live Science

Imagem: Shutterstock.com