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Jornalista e cineasta Arnaldo Jabor morre aos 81 anos

Ele se destacou por filmes como "Eu sei que vou te amar" (1986) e por sua atuação na imprensa, tanto na TV quanto em veículos impressos
Por History Channel Brasil em 15 de Fevereiro de 2022 às 10:39 HS
Jornalista e cineasta Arnaldo Jabor morre aos 81 anos-0

O jornalista e cineasta Arnaldo Jabor morreu em 15 de fevereiro de 2022, aos 81 anos. Ele estava internado desde dezembro do ano anterior em um hospital em São Paulo devido a um AVC. Ele se destacou por filmes como Eu Sei Que Vou Te Amar (1986) e por sua atuação na imprensa, tanto na TV quanto em veículos impressos. 

Nascido em 1940 no Rio de Janeiro, Jabor se apaixonou pelo cinema desde cedo. Antes de sua estreia na direção, trabalhou como técnico de som, roteirista de cinema e crítico teatral. Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa.

Seu primeiro longa-metragem foi o documentário Opinião Pública (1967), sobre a visão do brasileiro a respeito da própria realidade. Em 1970, ele produziu, roteirizou e dirigiu Pindorama, seu primeiro filme de ficção. Sua próxima obra se tornou um dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: Toda Nudez Será Castigada (1973). Adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, o filme não poupa implacáveis críticas à hipocrisia da moral vigente na época.

Nos anos seguintes, dirigiu O Casamento (1975), Tudo Bem (1978) e  Eu Te Amo (1980), sucesso estrelado por Paulo César Pereio e Sônia Braga. Em 1986, dirigiu Eu Sei Que Vou Te Amar, filme que rendeu o prêmio de melhor atriz para Fernanda Torres no Festival de Cannes.

Na década de 1990, devido à crise no cinema nacional, Jabor procurou novos rumos e passou a trabalhar na imprensa. estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde se tornou comentarista na Rede Globo, participando do Jornal Nacional, Jornal da Globo,  Bom Dia Brasil, Jornal Hoje e Fantástico. Além disso, também escrevia: seus  livros "Amor É prosa, Sexo É poesia" (2004) e "Pornopolítica" (2006) se tornaram best-sellers. Em 2010, voltou brevemente ao cinema, dirigindo A Suprema Felicidade.

Imagens
Olimor, via Wikimedia Commons