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Afrescos de Pompeia serão reconstruídos por robô sensível e Inteligência Artificial

Equipamento possui mãos ultrassensíveis para recriar obras de arte da cidade devastada pelo Vesúvio
Por History Channel Brasil em 16 de Setembro de 2021 às 22:05 HS
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Especialistas da Universidade Ca' Foscari, de Veneza, utilizarão um robô inteligente para completar as peças que faltam do quebra-cabeças que compõe as ruínas de Pompeia. O objetivo do projeto RePAIR é usar milhares de fragmentos para reconstruir afrescos danificados pela erupção do vulcão Vesúvio, que devastou a cidade no ano 79 d.C. A iniciativa ajudará os pesquisadores a ter uma perspectiva melhor do cotidiano do Império Romano.

Pinturas de Pompeia restauradas

Milhares de fragmentos serão remontados com o auxílio de uma infraestrutura robótica, equipada com braços mecânicos capazes de escanear os pedaços, reconhecendo-os por meio de um sistema de digitalização 3D e, a seguir, colocando cada um em sua posição correta . Enquanto isso, mãos mecânicas sensíveis irão manipular e mover os artefatos com a ajuda de sensores altamente avançados, capazes de evitar qualquer dano às peças.

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Os primeiros afrescos reconstruídos ficam localizados nas ruínas conhecidas como "Casa dos Pintores" e Casa dos Amantes Castos". As pinturas foram danificadas durante a erupção de 79 d.C. e posteriormente reduzidas a fragmentos pelos bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial. A operação conta com uma equipe interdisciplinar de institutos científicos e de investigação, que abrange as áreas de visão computacional, robótica e inteligência artificial, juntamente com o contribuição fundamental da arqueologia e da conservação do patrimônio cultural.

“Ânforas, afrescos e mosaicos são frequentemente encontrados em um estado fragmentário, apenas parcialmente intactos ou com muitas peças faltando", disse Gabriel Zuchtriegel, Diretor do Parque Arqueológico de Pompéia. "Quando o número de fragmentos é muito grande, com milhares de peças, a reconstrução manual e o entendimento das conexões entre os fragmentos é algo quase sempre impossível ou então muito trabalhoso e lento. Como resultado, vários achados passam muito tempo em depósitos arqueológicos, incapazes de serem reconstruídos e restaurados, muito menos de serem devolvidos à vista do público. Com o auxílio da robótica, digitalização e inteligência artificial, o projeto RePAIR, fruto de competência tecnológica e pesquisa, busca resolver um problema antigo”, completou.

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Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia

Imagens:  iStock e Parque Arqueológico Pompeia/Reprodução