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Arqueólogos mexicanos encontram torre com 119 crânios humanos em altar asteca

Por History Channel Brasil em 14 de Dezembro de 2020 às 20:13 HS
Arqueólogos mexicanos encontram torre com 119 crânios humanos em altar asteca-0

Escavações na Cidade do México revelaram mais 119 crânios humanos em um sítio arqueológico asteca originalmente descoberto em 2015. Essa torre de caveiras faz parte de um altar conhecido como Huey Tzompantli.  De acordo com os arqueólogos do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH), a nova descoberta representa a fachada externa da estrutura.

O altar foi encontrado há cinco anos durante a reforma de um edifício no centro histórico da Cidade do México, construída onde antes ficava Tenochtitlán, capital do Império Asteca. Anteriormente, 484 crânios humanos haviam sido identificados na estrutura. A nova seção forma uma parede circular de crânios com 4,7 metros de diâmetro.

Os arqueólogos acreditam que o altar de crânios era uma oferenda a Huitzilopochtli, divindade do sol, da guerra e dos sacrifícios humanos. Esse deus era considerado o padroeiro de Tenochtitlán, cidade fundada em 1325 e que se tornou capital do Império no fim do século XV. Foram identificados crânios de homens, mulheres e de três crianças na seção recém-descoberta da torre. 

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A descoberta surpreendeu os especialistas, que esperavam encontrar crânios de jovens guerreiros, mas também acabaram se deparando com restos humanos de mulheres e crianças. Segundo os pesquisadores, isso levanta questões sobre o sacrifício humano no Império Asteca. “Embora não possamos determinar quantos desses indivíduos eram guerreiros, talvez alguns fossem prisioneiros destinados a cerimônias de sacrifício”, explicou o arqueólogo Barrera Rodríguez.

Segundo os historiadores, os astecas governaram grande parte do México central dos séculos XIV ao XVI. Uma estrutura semelhante ao Huey Tzompantli aterrorizou os soldados que acompanhavam o conquistador espanhol Hernán Cortés quando invadiram Tenochtitlán em 1521.


Fontes: BBC e CNN

Imagens: Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH)/Reprodução