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Conheça a teoria de Stephen Hawking que soluciona o enigma dos buracos negros

Por History Channel Brasil em 11 de Setembro de 2015 às 02:04 HS
Conheça a teoria de Stephen Hawking que soluciona o enigma dos buracos negros-0

Stephen Hawking teria resolvido um problema que desafia a astrofísica há 40 anos, ao introduzir uma teoria que soluciona o paradoxo da perda de informação. Recentemente, durante uma conferência (vídeo no final do texto), o famoso cientista apresentou uma nova ideia sobre como a informação pode escapar dos buracos negros.

“A verdade é que os buracos negros não são tão negros quanto se imagina”, afirmou Hawking em uma conferência ocorrida no Instituto Real de Tecnologia (KTH, na sigla original), em Estocolmo, na Suécia. “Não são prisões eternas como se pensava. As coisas podem sair de um buraco negro para o exterior e, possivelmente, para outro universo”, ele declarou.

Há quatro décadas, os cientistas tentam descobrir o que acontece com a informação relacionada à morte de uma estrela, que gera um buraco negro. Sabe-se que nem a luz pode escapar dele, dada sua intensa atração gravitacional. Enquanto a física quântica sugere que a informação não pode ser destruída, a física relativa geral afirma que, de fato, ela deve ser destruída, dando origem a um paradoxo de perda de informação.

Em 2004, Hawking afirmou, pela primeira vez, que a informação, na verdade, poderia, sim, escapar de um buraco negro, apesar de ter levado muitos anos para entender como isso acontece. “Acredito que a informação não fique armazenada no interior do buraco negro, como se pensava, mas em seus limites, no horizonte de eventos, de onde a informação pode escapar".

A chave da teoria revolucionária proposta por Hawking é a radiação, que seria capaz de “colher” a informação e movê-la para além do horizonte de eventos. No entanto, esses dados seriam inúteis: “a informação sobre as partículas de entrada é devolvida, mas de forma caótica e inútil. Isso se torna um paradoxo de informação. Para todos os efeitos práticos, a informação se perde”, explicou o físico.


Fontes: KTGMuyinteresante 

Imagem: Håkan Lindgren/KTH