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Descoberta feita no Egito pode ser uma das primeiras imagens retratando Jesus Cristo

Por History Channel Brasil em 09 de Março de 2015 às 16:25 HS
Descoberta feita no Egito pode ser uma das primeiras imagens retratando Jesus Cristo-0

Egiptólogos catalães encontraram uma estrutura enigmática com uma possível imagem primitiva de Jesus. O achado ocorreu em Oxirrinco, uma cidade no Alto Egito, localizada aproximadamente 160 km a sul-sudoeste do Cairo, na província de Al-Minya. É uma planta quadrada, com quatro pilastras e uma dimensão de 8 metros de largura por 3,75 metros de profundidade. “Ela é toda de pedra, com placas muito bem encaixadas e alcovas onde certamente havia estátuas”, comentou o egiptólogo Padró. As paredes estão cobertas com cinco ou seis camadas de tinta, sendo a última correspondente ao período copta dos primeiros cristãos. Há decoração vegetal e inscrições copiadas que ainda não foram traduzidas. A descoberta mais significante é a figura de um jovem, com cachos, vestindo uma túnica curta e com a mão levantada, como se estivesse benzendo. “Poderia se tratar de uma imagem muito primitiva de Jesus Cristo”, disse Padró. No momento, a representação permanece protegida e espera-se que os escritos possam dar mais alguma luz. A tumba, intacta e muito bem conservada, continha seu pequeno tesouro – os ricos se enterravam com suas joias e os pobres com suas ferramentas de trabalho. Os arqueólogos da missão resgataram um tinteiro metálico cheio de tinta; “ele é preto e poderíamos analisá-lo para conhecer sua composição”, contou Padró. O próprio ministro de Antiguidades do Egito, Mohamed Ibrahim, se encarregou de adiantar alguns resultados dessa última campanha de escavações na antiga cidade egípcia, que é dirigida pela Societat Catalana d’Egiptologia e a Universidade de Barcelona. Sobre a falta de inscrições na tumba, sabe-se apenas do escriba. Seu cadáver e restos arqueológicos evidenciam que ele tinha 16 anos. A escavação da estrutura resultou em um trabalho faraônico, já que estava coberta de escombros muito pesados que, sem dúvida, foram colocados propositadamente. “Queremos realizar testes com as pinturas para ver se as camadas inferiores nos dão mais informação sobre o que pode ser essa estrutura. Não sabemos o que podemos encontrar”, admitiu Padró.