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Desvendado o mistério egípcio da múmia que grita

Por History Channel Brasil em 25 de Agosto de 2020 às 20:41 HS
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Pesquisadores egípcios, junto ao arqueólogo Zahi Hawass, conseguiram desvendar o mistério por trás da “múmia da mulher que grita”, um dos maiores enigmas da civilização faraônica. O que aconteceu para ela ser conservada pela eternidade com uma expressão de dor? Por meio de uma tomografia computadorizada, eles conseguiram descobrir o problema que afetava esta egípcia que viveu há cerca de três mil anos.

As análises apontaram que a mulher sofria de aterosclerose severa das artérias coronárias, doença caracterizada pelo acúmulo de placas de colesterol nas paredes arteriais, o que causa obstrução do fluxo sanguíneo. Além disso, ela também sofria de aterosclerose nas artérias do pescoço, aorta abdominal e artérias ilíacas, bem como nas artérias dos membros inferiores. De acordo com os especialistas, esses problemas de saúde podem ter resultado em um ataque cardíaco fulminante.

O cadáver foi encontrado em um esconderijo de múmias reais, descoberto em 1881 em Deir el Bahari, cidade de Luxor a 600 quilômetros do Cairo. Após a sua morte, a mulher permaneceu com as pernas cruzadas e flexionadas, a cabeça inclinada para a direita e a mandíbula desencaixada, criando uma expressão permanente de dor e espanto.

Zahi Hawass acredita que a mulher provavelmente entrou em pânico ao sofrer o ataque cardíaco fatal e ficou com a boca aberta devido ao rigor mortis. "Presumimos que os embalsamadores provavelmente mumificaram o corpo contraído da 'mulher que gritava' antes de sua decomposição ou relaxamento. Os embalsamadores não conseguiram, portanto, fechar sua boca com segurança ou colocar o corpo contraído em estado de repouso, como era de praxe com as outras múmias, preservando assim sua expressão facial e postura na hora da morte ”, disse .

Quando a múmia foi descoberta, os pesquisadores encontraram inscrições em suas faixas que a identificavam como "A filha real, a irmã real de Meret Amon." De acordo com os arqueólogos, muitas outras princesas tinham o mesmo nome, portanto não é possível determinar com exatidão a sua identidade. Agora os pesquisadores devem fazer análises de DNA nos restos mortais para confirmar quem era ela.

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Fonte: IFLScience

Imagens: Shutterstock.com e Universidade do Cairo/Reprodução