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Encontrado fóssil de 1 bilhão de anos que pode ser o elo perdido da evolução animal

Descoberta sugere que animais multicelulares podem ter começado a evoluir em lagos de água doce
Por History Channel Brasil em 05 de Maio de 2021 às 20:38 HS
Encontrado fóssil de 1 bilhão de anos que pode ser o elo perdido da evolução animal-0

A descoberta de um microfóssil de um bilhão de anos na Escócia pode ser o elo perdido que faltava para explicar a evolução dos animais. Batizado de Bicellum brasieri, o organismo possuía dois tipos distintos de células, o que pode fazer dele o animal multicelular mais antigo já identificado. O estudo, publicado na revista Current Biology, é de autoria de pesquisadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, e do Boston College, nos Estados Unidos.

Elo perdido na cadeia evolucionária

O fóssil foi encontrado em Loch Torridon, nas Terras Altas do Noroeste da Escócia. Os cientistas puderam estudá-lo devido a seu excepcional estado de preservação. “Encontramos um organismo esférico primitivo formado por um arranjo de dois tipos distintos de células, o primeiro passo em direção a uma estrutura multicelular complexa, algo que nunca foi descrito antes em registros fósseis", disse o professor Charles Wellman, um dos líderes do estudo.

Segundo os pesquisadores, o estudo do microfóssil revela um novo ângulo a respeito da transição de organismos unicelulares para animais multicelulares complexos. O Bicellum brasierise se encontraria justamente em algum lugar intermediário dessa cadeia evolucionária. De acordo com Wellman, a descoberta sugere que a evolução dos animais pode ter começado em lagos de água doce, e não no oceano.

“As origens da multicelularidade complexa e a origem dos animais são consideradas dois dos eventos mais importantes da história da vida na Terra, e nossa descoberta lança uma nova luz sobre ambos", afirmou  Wellman. Agora, a equipe deve continuar a pesquisar a região de Loch Torridon em busca de outros fósseis que possam fornecer mais informações sobre a evolução dos organismos multicelulares.

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Fonte: Universidade de Sheffield

Imagem: Paul Strother/Boston College/Divulgação