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Exoplaneta com mais de duas vezes o tamanho da Terra pode abrigar vida, dizem cientistas

Por History Channel Brasil em 28 de Fevereiro de 2020 às 13:09 HS
Exoplaneta com mais de duas vezes o tamanho da Terra pode abrigar vida, dizem cientistas-0

Em 2019, cientistas identificaram pela primeira vez a presença de água em forma de vapor em um exoplaneta na chamada zona habitável. O K2-18b (como é chamado) fica a 124 anos-luz da Terra e é 2,6 vezes maior do que o nosso planeta. Agora, uma nova pesquisa confirma que esse mundo distante realmente tem potencial para abrigar vida.  

Ao analisar a massa, o raio e os dados atmosféricos do K2-18b, uma equipe da Universidade de Cambridge concluiu que é possível que o planeta apresente água líquida em condições habitáveis sob sua atmosfera rica em hidrogênio. "Há uma chance considerável de que o planeta abrigue um grande oceano sob atmosfera, pressão e temperaturas semelhantes às dos oceanos da Terra", disse o pesquisador Nikku Madhusudhan, um dos líderes do estudo.

Devido a seu grande o tamanho, o K2-18b não seria tão semelhante a uma "Super-Terra", se aproximando mais de uma versão menor de Netuno. Assim, o planeta estaria envolto em uma camada de hidrogênio situada acima de outra camada de água de alta pressão e de um núcleo interno sólido de rocha e ferro. Inicialmente, acreditava-se que essas características dificultariam as condições necessárias para abrigar espécies de vida.

Mas, na nova pesquisa, Madhusudhan e sua equipe demonstraram que, apesar do tamanho do K2-18b, sua camada de hidrogênio não é necessariamente muito espessa e que a camada de água pode ter as condições certas para sustentar a vida. "Isso sugere que condições habitáveis podem estar presentes em exoplanetas significativamente maiores do que se pensava anteriormente, e que nossa busca por vida em outros lugares não deve necessariamente se restringir a exoplanetas do tamanho da Terra", disse Madhusudhan. Assim, o estudo abre novos horizontes na busca de condições habitáveis fora do sistema solar.


Fontes: Newsweek e Phys.org

Imagem: Amanda Smith/Universidade de Cambridge/Reprodução