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Pegada humana mais antiga das Américas é descoberta e muda o que se acreditava sobre a migração humana

Por History Channel Brasil em 14 de Maio de 2019 às 10:56 HS
Pegada humana mais antiga das Américas é descoberta e muda o que se acreditava sobre a migração humana-0

Pesquisadores da Universidade Austral do Chile (UACh) encontraram uma pegada humana datada de 15.600 anos de idade em uma localidade a cerca de 820 quilômetros de Santiago. Essa é a impressão de pé mais antiga já descoberta no continente americano (e uma das evidências mais remotas da presença de humanos na região). O fato muda o que se acreditava sobre a migração da nossa espécie para as Américas.

Segundo os estudos preliminares, a pegada, encontrada no sítio arqueológio de Pilauco, na cidade de Osorno, foi deixada por um adulto que andava descalço. Ela mede 26 centímetros de comprimento, o que corresponderia ao tamanho de sapato 40. De acordo com o geólogo Mario Pino, coautor da pesquisa, a marca foi produzida por um homem de cerca de 70 quilos. Os pesquisadores estipularam a idade da pegada por meio de testes com radiocarbono em resíduos orgânicos encontrados nas camadas de solo onde a impressão do pé estava gravada.

A nova descoberta indica que a presença da nossa espécie na América do Sul é anterior ao que se acreditava anteriormente. Karen Moreno, diretora do mestrado em Paleontologia da UACh, disse à CNN que a maioria das evidências apontava que os humanos chegaram na região da Patagônia, no extremo sul do continente, a cerca de 12 mil anos. A cientista é uma das autoras da pesquisa.

Os especialistas afirmaram que a pegada foi impressa sobre um substrato macio, similar ao barro ou gramado, saturado de água. Também foram encontrados diversos artefatos de pedra na mesma camada subterrânea, o que traz novas evidências sobre o início da colonização da América do Sul. O trabalho foi publicado pela revista científica PLOS ONE.

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Fontes: CNN, Live Science e Phys.org

Imagem: Karen Moreno, Juan Enrique Bostelmann, Cintia Macías, Ximena Navarro-Harris, Ricardo De Pol-Holz, Mario Pino/PLOS ONE/Divulgação