Inicio

Astrônomos encontram o buraco negro mais antigo do universo

Trata-se de um gigante que surgiu apenas 570 milhões de anos após o Big Bang e cuja massa é 10 milhões de vezes maior que a do Sol
Por History Channel Brasil em 08 de Abril de 2023 às 11:40 HS
Astrônomos encontram o buraco negro mais antigo do universo-0

Usando dados do Telescópio Espacial James Webb, uma equipe de astrônomos identificou o buraco negro mais antigo já detectado no universo. Segundo os pesquisadores, trata-se de um gigante que surgiu apenas 570 milhões de anos após o Big Bang e cuja massa é 10 milhões de vezes maior que a do Sol. Um estudo sobre o tema foi submetido à revista The Astrophysical Journal, mas ainda não foi revisado por pares.

Galáxia CEERS_1019

Para localizar o buraco negro, os astrônomos vasculharam o céu com duas câmeras infravermelhas e usaram os espectrógrafos embutidos nelas para dividir a luz em frequências. Ao analisar esses sinais fracos enviados nos primeiros anos do universo, eles encontraram um pico inesperado entre as frequências contidas na luz. Isso é um sinal de que o material quente ao redor de um buraco negro estava irradiando traços fracos de radiação em todo o universo.

O buraco negro foi encontrado dentro de uma das primeiras galáxias já detectadas, conhecida como CEERS_1019. Sua descoberta pode ajudar a desvendar um dos maiores mistérios da astronomia: como os buracos negros atingiram tamanhos tão grandes em tão pouco tempo durante o início do universo. Os pesquisadores acham que o buraco negro descoberto agora se formou a partir do colapso de um objeto massivo, como uma das primeiras estrelas do universo. Essas estrelas eram muito maiores do que as atuais, o que talvez possa explicar o motivo pelo qual esse buraco negro atingiu um tamanho tão grande.

Rebecca Larson, líder do estudo e astrofísica da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, disse ao site Live Science que é possível que buracos negros ainda mais antigos possam ser encontrados usando esse método. “Este é o primeiro que estamos encontrando neste redshift (ponto no tempo após o Big Bang), mas deve haver muitos deles”, disse ela.

Fontes
Live Science e Science Alert
Imagens
iStock