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Cientistas descobrem que uma espécie de tubarão aprende a andar antes de nadar

O estudo desses peixes permitirá aos pesquisadores entender como diferentes espécies se adaptam às mudanças climáticas
Por History Channel Brasil em 09 de Setembro de 2022 às 21:34 HS
Cientistas descobrem que uma espécie de tubarão aprende a andar antes de nadar-0

Cientistas marinhos descobriram que alguns tubarões aprendem a andar antes de aprender a nadar. Trata-se de uma estratégia evolutiva que lhes permite sobreviver se ficam encalhados ou expostos a baixos níveis de oxigênio quando a maré está baixa. Um novo estudo na revista Integrative and Comparative Biology é o primeiro a descrever a mecânica de como esses peixes andam logo após nascerem.

Tubarão ambulante

Quando vão parar em águas rasas, a maioria das espécies aquáticas não tem escapatória. Mas o tubarão-epaulette, cujo nome científico é Hemiscyllium ocellatum, é capaz de prender a respiração por várias horas, suportar o calor e até mesmo caminhar usando suas barbatanas, caso necessário.  No entanto, até agora poucos estudos haviam examinado a fundo essas propriedades de locomoção.

O novo estudo examinou as diferenças nas maneiras como tubarões recém-nascidos e jovens nadam e caminham. Por causa das diferenças nas formas do corpo, os pesquisadores esperavam ver diferenças no desempenho locomotor desses peixes ambulantes. Surpreendentemente, os resultados publicados na revista Integrative & Comparative Biology mostraram que eles se comportam da mesma maneira, mostrando que esses animais praticamente já nascem com a habilidade de caminhar.

A descoberta pode permitir que os cientistas entendam como outras espécies aquáticas conseguem se adaptar às mudanças climáticas. “Se queremos saber o que acontece com os animais nas condições extremas das mudanças climáticas, observar os animais que já vivem nessas condições – e entender como eles se movem e lidam com essa situação – pode ser o primeiro passo”, disse Marianne E. Porter, da Florida Atlantic University, líder do estudo.

Fontes
Live Science e Florida Atlantic University
Imagens
iStock