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Histórico: Dispositivo revolucionário consegue produzir oxigênio em Marte

Equipamento testado pela NASA e desenvolvido pelo MIT poderá ser usado em missões humanas ao Planeta Vermelho
Por History Channel Brasil em 31 de Agosto de 2022 às 19:44 HS
Histórico: Dispositivo revolucionário consegue produzir oxigênio em Marte-0

Um equipamento do tamanho de uma lancheira tem potencial para revolucionar a exploração espacial. Trata-se do MOXIE, um dispositivo desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e levado para Marte como parte da missão Perseverance, da NASA. Esse instrumento inovador conseguiu produzir oxigênio durante uma série de testes no Planeta Vermelho. 

Oxigênio em Marte

Em um novo estudo publicado na revista Science Advances, os pesquisadores relatam que, até o final de 2021, o MOXIE (sigla em inglês que significa "Experiência de utilização de recursos in-situ de oxigênio de Marte") foi capaz de produzir oxigênio em sete execuções experimentais. Esses testes aconteceram em uma variedade de condições atmosféricas, inclusive durante o dia e a noite e durante diferentes estações de ano marcianas. Em cada experimento, o instrumento atingiu sua meta de produzir seis gramas de oxigênio por hora (aproximadamente a taxa de uma árvore modesta na Terra).

MOXIE
MOXIE (Imagem: NASA/JPL-Caltech/Divulgação)

Os pesquisadores preveem que uma versão ampliada do MOXIE poderia ser enviada a Marte antes de uma missão humana. O objetivo é usá-lo para produzir continuamente oxigênio à taxa de várias centenas de árvores. Nessa capacidade, o sistema deve gerar oxigênio suficiente para sustentar os humanos quando eles chegarem ao Planeta Vermelho.

A produção de oxigênio da MOXIE em Marte também representa a primeira demonstração de “utilização de recursos in situ”, ou seja, coletar e usar os materiais de um planeta (neste caso, dióxido de carbono) para produzir recursos (como oxigênio) que caso contrário, teriam de ser transportados da Terra. “Esta é a primeira demonstração real do uso de recursos na superfície de outro corpo planetário, transformando-os quimicamente em algo que seria útil para uma missão humana”, disse Jeffrey Hoffman, professor da prática no Departamento de Aeronáutica e Astronáutica do MIT. “É histórico nesse sentido”, completou.

Fontes
MIT
Imagens
iStock