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Pesquisadores detectam um dos maiores buracos negros já encontrados no Universo

Situado a centenas de milhões de anos-luz da Terra, ele tem mais de 30 bilhões de vezes a massa do nosso Sol
Por History Channel Brasil em 30 de Março de 2023 às 11:43 HS
Pesquisadores detectam um dos maiores buracos negros já encontrados no Universo-0

Uma equipe de astrônomos acaba de detectar um dos maiores buracos negros já encontrados no Universo. Situado a centenas de milhões de anos-luz da Terra, o objeto tem mais de 30 bilhões de vezes a massa do nosso Sol. A descoberta é tema de um estudo publicado na revista Royal Astronomical Society. 

Lentes gravitacionais

A pesquisa foi liderada por astrônomos da Universidade Durham, no Reino Unido. Para identificar o buraco negro, a equipe usou o fenômeno das lentes gravitacionais (um efeito no qual uma galáxia em primeiro plano curva a luz de um objeto mais distante e a amplia), além de simulações em supercomputadores. Isso permitiu aos cientistas examinar de perto como a luz é curvada por um buraco negro dentro de uma galáxia distante.

Buraco negro ultramassivo
Imagem: Universidade Durham, via EurekAlert

Este foi o primeiro buraco negro encontrado usando a técnica, pela qual a equipe simula a luz viajando pelo Universo centenas de milhares de vezes. Quando os pesquisadores incluíram um buraco negro ultramassivo em uma de suas simulações, a rota percorrida pela luz da galáxia distante para chegar à Terra correspondia ao caminho visto em imagens reais capturadas pelo Telescópio Espacial Hubble. "Esse buraco negro em particular (...) é um dos maiores já detectados e está no limite superior do tamanho que acreditamos que eles podem atingir teoricamente, por isso é uma descoberta extremamente empolgante”, disse James Nightingale, líder do estudo. 

“A maioria dos maiores buracos negros que conhecemos estão em um estado ativo, onde a matéria puxada para perto deles se aquece e libera energia na forma de luz, raios-X e outras radiações", afirmou Nightingale. “No entanto, as lentes gravitacionais permitem estudar buracos negros inativos, algo que atualmente não é possível em galáxias distantes. Essa abordagem pode nos permitir detectar muito mais buracos negros além do nosso universo local e revelar como esses objetos exóticos evoluíram no tempo cósmico”, completou.

Fontes
Universidade Durham, via EurekAlert
Imagens
ESA/Hubble, Digitized Sky Survey, Nick Risinger (skysurvey.org), N. Bartmann