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Fóssil de crocodilo gigante que conviveu com dinossauros é encontrado no interior de SP

O Titanochampsa iorii media aproximadamente 7 metros de comprimento e viveu há cerca de 66 milhões de anos
Por History Channel Brasil em 23 de Dezembro de 2022 às 06:52 HS
Fóssil de crocodilo gigante que conviveu com dinossauros é encontrado no interior de SP-0

O fóssil de um crocodilo gigante que conviveu com os dinossauros foi identificado no interior de São Paulo. Segundo os pesquisadores, o animal, que media aproximadamente sete metros de comprimento, viveu há cerca de 66 milhões de anos, no período cretáceo. A criatura foi batizada de Titanochampsa iorii. 

Nova espécie de crocodilo

A identificação da nova espécie aconteceu a partir de um crânio fossilizado descoberto na década de 1950 durante a remoção de rochas de uma estrada rural na cidade de Monte Alto (na Região Metropolitana de Ribeirão Preto). Um artigo científico recém-publicado na revista internacional Historical Biology, apontou novos caracteres para o fragmento craniano, permitindo a definição de que se trata de uma nova espécie. O estudo é liderado pelo paleontólogo Thiago Schineider Fachini, do Laboratório de Paleontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

Fóssil do Titanochampsa iorii
Fóssil do Titanochampsa iorii (Imagem: Prefeitura de Monte Alto/Divulgação)

Fachini explica que a espécie é nova porque ela possui características distintas dos demais crocodiliformes fósseis encontrados para o Período Cretáceo. O nome "Titanochampsa" significa “crocodilo titânico”, uma alusão ao seu grande porte e por seu fóssil ter sido confundido com o de um titanossauro por muito tempo. Já "iorii" é uma homenagem ao pesquisador Fabiano V. Iori, por seus trabalhos na região de Monte Alto e pela prévia identificação do material.

O estudo é importante por apresentar uma nova espécie de crocodiliforme fóssil com possíveis hábitos semiaquáticos e muito próxima das espécies atuais de crocodilos. Além de representar um grupo até então pouco conhecido para o cretáceo brasileiro, a nova espécie contribuirá futuramente para uma melhor compreensão dos aspectos evolutivos desses animais. O fóssil está exposto no Museu de Paleontologia Prof. Antônio Celso de Arruda Campos, em Monte Alto.

Fontes
Estadão e Prefeitura de Monte Alto
Imagens
Julia D'Oliveira/Divulgação, via Prefeitura de Monte Alto