Pesquisadores descobrem 168 novas figuras misteriosas no deserto de Nazca, no Peru

Pesquisadores japoneses da Universidade de Yamagata, em colaboração com especialistas peruanos, encontraram mais de 150 novos geoglifos no vale de Nazca e arredores, sobre a costa sul do Peru. Liderada pelo arqueólogo Masato Sakai, a equipe identificou as grandes figuras previamente desconhecidas graças ao uso de imagens aéreas e ao sobrevoo de diversos tipos de drones. Estima-se que os desenhos foram produzidos entre os anos 100 a.C. e 300 d.C., aproximadamente.

Figuras misteriosas

“No total, encontramos 168 figuras: cerca de 50 humanas e as demais sendo aves, felinos, serpentes, além de muitas figuras lineares e trapezoides”, afirmou Sakai, destacando, ainda, a descoberta de diversas cerâmicas. Com isso, os cientistas japoneses, que realizam trabalhos de campo desde 2010, já conseguiram descobrir um total de 358 geoglifos, um número que não somente permitirá entender por que eles foram criados, mas também proteger os locais onde foram feitos. 

🔬 Un equipo de investigadores japoneses de la Universidad de Yamagata ha descubierto en la costa sur de Perú 168 nuevos geoglifos cerca de las líneas de Nazca, consideradas desde 1994 por la @UNESCO_es Patrimonio Cultural de la Humanidadhttps://t.co/ZaOdnjvYYv pic.twitter.com/fBu5lk6ekd

— SINC (@agencia_sinc) December 12, 2022

Descobertos em 1927, esses antigos geoglifos, localizados nos Pampas de Jumana, no deserto de Nazca, representam um dos maiores mistérios da era pré-colombiana. Adotando todos os tipos de formas, como espirais ou animais, eles só podem ser observados em sua totalidade a partir de uma vista aérea. Ainda não se explica como antigas civilizações puderam realizar semelhante obra sem observá-la de cima.

“Para proteger as linhas, temos que saber qual é a sua localização exata, para que não se transformem em residências ou áreas de agricultura”, explicou Sakai, que acredita que essas linhas serviam para marcar trilhas e caminhos. O pesquisador explicou que uma Inteligência Artificial está sendo utilizada para descobrir padrões que permitam entender o que cada uma das formas desenhadas no deserto queria comunicar exatamente, um trabalho muito difícil para a pesquisa tradicional.