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Placar de jogo de bola do Império Maia disputado há 1.100 anos é encontrado no México

O esporte era uma atividade importante para a vida social e política do povo pré-colombiano
Por History Channel Brasil em 11 de Abril de 2023 às 15:48 HS
Placar de jogo de bola do Império Maia disputado há 1.100 anos é encontrado no México-0

Pesquisadores encontraram um artefato extremamente raro durante escavações no sítio arqueológico de Chichén Itzá, no México. Eles se depararam com uma pedra circular contendo escritos da época do Império Maia. De acordo com os cientistas, trata-se de uma espécie de placar de um jogo de bola disputado há mais de 1.100 anos. 

"Disco dos Jogadores de Bola"

O artefato tem 32,5 centímetros de diâmetro, 9,5 centímetros de espessura e pesa 40 quilos. A peça, que recebeu o nome de "Disco dos Jogadores de Bola", traz a gravura de duas figuras representando praticantes do esporte, cercadas por um texto. Dentro da inscrição, os pesquisadores encontraram uma referência a uma data no calendário maia que equivale ao ano 894 d.C. 

Placar de jogo de bola maia

A identidade dos jogadores permanece desconhecida, assim como o resultado da partida, embora uma interpretação mais aprofundada da inscrição possa revelar tanto a natureza da disputa quanto o placar final. “Neste sítio maia é raro encontrar escrita hieroglífica, muito menos um texto completo; Isso não acontece há mais de 11 anos", disse o arqueólogo Francisco Pérez Ruiz. O pesquisador estima que o artefato deve corresponder ao período Clássico Terminal ou Pós-Clássico Inicial, entre o final dos anos 800 e o início de 900 d.C.

O jogo de bola (ou pelota) era uma atividade importante para a vida social e política do Império Maia. Acredita-se que a prática representava algum tipo de culto à fertilidade, enquanto o movimento da bola pelo campo simbolizava o movimento do Sol ou da Lua no céu. Recentemente, pesquisadores encontraram evidências de que os maias usavam as cinzas de seus governantes para fazer as bolas de borracha usadas no esporte ritualístico. 

Fontes
Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) e IFLScience
Imagens
INAH/Divulgação