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Sinais de rádio mais distantes vindos de uma galáxia são detectados por astrônomos

Segundo os pesquisadores, a emissão tem origem em uma região do universo situada a cerca de 9 bilhões de anos-luz da Terra
Por History Channel Brasil em 24 de Janeiro de 2023 às 10:40 HS
Sinais de rádio mais distantes vindos de uma galáxia são detectados por astrônomos-0

Pesquisadores do Canadá e da Índia conseguiram detectar os sinais de rádio mais distantes já registrados vindos de uma galáxia. Segundo os astrônomos, a emissão tem origem em uma região do universo situada a cerca de 9 bilhões de anos-luz da Terra. A descoberta irá ajudar os cientistas a compreender melhor como as estrelas se formam. 

Olhada de 8,8 bilhões de anos no passado

O sinal detectado pelos pesquisadores foi emitido pela galáxia SDSSJ0826+5630 quando o universo tinha apenas 4,9 bilhões de anos. Emissões vindas de um ponto tão distante nunca haviam sido captadas antes, o que torna a descoberta extremamente importante. “É o equivalente a uma olhada de 8,8 bilhões de anos no passado”, disse Arnab Chakraborty, autor do estudo e pesquisador da Universidade McGill, no Canadá.

Radar

Chakraborty explicou que as galáxias emitem diferentes tipos de sinais de rádio, mas até agora só havia sido possível capturá-los vindos das galáxias mais próximas da Terra, limitando o conhecimento dos pesquisadores. “Mas, graças à ajuda de um fenômeno natural chamado lente gravitacional, fomos capazes de capturar um sinal fraco de uma distância recorde. Isso nos ajudará a entender a composição das galáxias a distâncias muito maiores da Terra”, afirmou.

“As lentes gravitacionais ampliam o sinal vindo de um objeto distante para nos ajudar a estudar o início do universo. Nesse caso específico, o sinal é desviado pela presença de outro corpo massivo, outra galáxia, entre o alvo e o observador. Isso resulta efetivamente na ampliação do sinal por um fator de 30, permitindo que o telescópio o capte”, disse Nirupam Roy, co-autor e professor do Departamento de Física do Instituto Indiano de Ciências. Segundo os cientistas, os resultados abrem novas oportunidades para sondar a evolução cósmica de estrelas e galáxias usando radiotelescópios de baixa frequência existentes.

Fontes
Universidade McGill
Imagens
iStock