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Sonda Curiosity descobre que evidências de vida em Marte podem ter sido apagadas

A descoberta foi feita com base em análises das rochas sedimentares ricas em argila presentes na Cratera Gale
Por History Channel Brasil em 16 de Julho de 2021 às 18:59 HS
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Ao analisarem dados coletados em Marte pela sonda Curiosity, cientistas da NASA tiveram uma surpresa. O estudo descobriu que evidências de vida antiga no Planeta Vermelho podem ter sido apagadas. Mas o que teria acontecido? 

Evidências de vida em argila

A descoberta foi feita com base em análises das rochas sedimentares ricas em argila presentes na Cratera Gale. No passado, esse local foi um lago criado quando um asteroide atingiu o Planeta Vermelho, há cerca de 3,6 bilhões de anos. A argila é um bom elemento na busca por evidências de vida, pois geralmente é criada quando os minerais rochosos envelhecem e apodrecem após o contato com a água (ingrediente essencial para a presença de vida). 

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Mas as duas amostras coletadas pela Curiosity continham apenas metade da quantidade de minerais de argila que os pesquisadores esperavam encontrar. Ao invés disso, os pedaços apresentavam uma quantidade maior de óxidos de ferro, os compostos que dão a Marte sua tonalidade de ferrugem. Assim, as evidências de vida que poderiam estar presentes na argila desapareceram.

Os cientistas acreditam que a culpa pelo desaparecimento geológico pode ter sido da salmoura. Essa água saturada de sal teria vazado para as camadas de argila ricas em minerais, desestabilizando-as. A salmoura teria limpado  as marcas de registros geológicos (e possivelmente biológicos). Esse processo é conhecido como diagênese (conjunto de processos químicos e físicos sofridos por sedimentos desde a sua deposição até a sua consolidação).

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Mas a descoberta não desanimou os pesquisadores. “Mesmo que a diagênese possa apagar os sinais de vida no lago original, ela cria os gradientes químicos necessários para sustentar a vida subsuperficial, por isso estamos realmente entusiasmados por ter descoberto isso”, afirmou John Grotzinger, do Caltech.

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Fontes: Live Science e NASA

Imagens: JPL/NASA/Divulgação