Descoberta de submarino reacende a teoria sobre fuga de Hitler para a Argentina

A América do Sul foi destino de muitos nazistas em fuga após o fim da Segunda Guerra Mundial, como Adolf Eichmann e Josef Mengele. Agora, a descoberta de uma embarcação afundada no litoral da Argentina está reacendendo uma antiga teoria conspiratória: Hitler teria forjado a própria morte e escapado para lá. Localizados pelo grupo de pesquisa Eslabón Perdido no litoral de Necochea, os destroços seriam de um submarino alemão. 

Hitler na Patagônia

O grupo que encontrou o submarino é liderado pelo jornalista Abel Basti, que investiga a presença de nazistas na Argentina há mais de 20 anos. Nesse período, ele escreveu vários livros nos quais defende a ideia de que Adolf Hitler não só não morreu em seu bunker de Berlim em 1945, como também viveu na Argentina, mais precisamente na Patagônia. Ele acredita que o Führer teria chegado ao continente sul-americano em um submarino.

A embarcação foi encontrada a quatro quilômetros das praias Costa Bonita e Arenas Verdes, a uma profundidade de aproximadamente 28 metros. Basti disse que apesar da grande deterioração do submarino na costa de Necochea, peças-chave puderam ser identificadas, como o periscópio. Fabio Bisciotti, que lidera o grupo de estudos subaquáticos da Liga Naval Italiana, analisou fotos do naufrágio e também acredita que há indícios de que poderia ser um submarino da época da Segunda Guerra.

“Em 1945, moradores relataram que viram desembarques em uma praia de Necochea", disse Basti ao jornal La Nación. "Há que se explicar quem estava naquele submarino e o que estava carregando", respondeu ele a respeito da possibilidade de Hitler ter estado entre os passageiros. "Os criminosos de guerra chegaram à Argentina em navios e supõe-se que aqueles que vieram em submersíveis foram ainda mais importantes”, completou.

A suposta presença de Hitler na América Latina é uma teoria controversa. Em 2018, cientistas afirmaram que a análise de um pedaço de mandíbula recolhido por soviéticos em 1945 provaria que os restos mortais pertenciam ao líder nazista.