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Vala com 17 toneladas de cinzas humanas é encontrada perto de campo de concentração nazista

A sepultura coletiva na Polônia foi usada para esconder evidências do genocídio cometido pelo Terceiro Reich
Por History Channel Brasil em 14 de Julho de 2022 às 20:38 HS
Vala com 17 toneladas de cinzas humanas é encontrada perto de campo de concentração nazista-0

Uma vala comum contendo 17 toneladas de cinzas humanas foi encontrada perto de um antigo campo de concentração em Działdowo, na Polônia. Acredita-se que a sepultura coletiva guardava os restos mortais de cerca de 8 mil vítimas do nazismo. Segundo o Instituto Nacional da Memória polonês (IPN), a descoberta é mais uma evidência de como o Terceiro Reich tentou esconder os vestígios do genocídio que cometeu na Europa Oriental.

Campo de Soldau

Em 1939, os nazistas estabeleceram  um "campo de transição" na cidade de Działdowo (que durante a anexação da Polônia era chamada de Soldau). Oficialmente, o objetivo do local era manter prisioneiros de guerra que aguardavam a deportação para campos de trabalho. Mas, na prática, o campo foi usado para o extermínio.

Vala comum encontrada na Polônia

Os primeiros detidos do campo foram prisioneiros de guerra poloneses, mas logo foram substituídos por judeus, clérigos, intelectuais e representantes de todas as outras classes da sociedade. Quase metade das pessoas presas lá entre os anos de 1939 e 1945 não sobreviveu. Elas morreram baleadas ou não resistiram à fome, doenças e maus-tratos.

De acordo com o IPN, os corpos do campo de Soldau foram originalmente enterrados em valas comuns, antes que os nazistas ordenassem que os judeus capturados desenterrassem os corpos e os incinerassem para encobrir os crimes. Estimativas históricas sugerem que entre 10 mil e 13 mil pessoas inocentes foram mortas lá antes de o local ser tomado pelas forças soviéticas em 1945. "O encobrimento falhou porque o IPN está determinado a procurar as vítimas e heróis da Segunda Guerra Mundial e nunca permitirá que nenhum deles seja esquecido", disse Karol Nawrocki, presidente do IPN.

Fontes
IFLScience e Instituto Nacional da Memória
Imagens
Instituto Nacional da Memória/Divulgação